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SOBRE PSICOTERAPIA ANALÍTICA - A CLÍNICA DO ACOLHIMENTO DA PALAVRA

  • Foto do escritor: Rodney Sales
    Rodney Sales
  • 12 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

SOBRE PSICOTERAPIA ANALÍTICA

A CLÍNICA DO ACOLHIMENTO DA PALAVRA

Ainda hoje, escuto comentários de pessoas com restrição ao processo analítico (psicoterapia) dizendo coisas assim: ‘porque fazer terapia’, ‘eu não necessito de terapia’, ‘os meus problemas eu mesmo posso resolver’, etc.

De fato, isso vem demonstrar que há falta de conhecimento das pessoas sobre o porquê e para que da psicoterapia, gerando muita resistência, apesar dos indivíduos terem muitas dificuldades pessoais e conflitos internos.

Para aqueles que se submeteram e ainda se submetem ao processo analítico e reconhecem os benefícios, muita vezes, não sabem como transmitir a outros os efeitos dos benefícios adquiridos em sua experiência vivida dentro do consultório.

Existem algumas pessoas que ainda consideram o processo analítico como um lugar assustador e doloroso, seja por medo de ser julgado ou receio de contar suas fantasias e medos para um desconhecido. De fato, o processo analítico é deixar o paciente livre para falar sem restrições ou julgamentos. Existe uma ética profissional, onde tudo que ocorre dentro do consultório é de extremo sigilo, resguardando a história do paciente. Confiar no seu psicanalista ou psicólogo é saber que será cuidado com atenção e acolhimento; é a oportunidade que você tem de dedicar algumas horas do seu tempo a quem deve ser mais importante... VOCÊ!

Fazer análise não é fácil, pois foge do “bom senso”. Imagine você em um consultório, deitado de costas para seu analista falando tudo que vem a cabeça. Mas pense bem! É muito bom, porque neste lugar quando você fala alguma coisa, não tem quem diga de imediato, “comigo também”. O analista é a pessoa, que não rouba a cena, por exemplo: quando você diz, “tive uma dor de cabeça”, o analista diz: “como é a sua dor de cabeça?”. Uma pessoa comum é aquela que diria imediatamente, “eu também estava com uma...”. Mas, por isso que o divã é o lugar que você pode expressar sua singularidade, e esta não tem nada de bom senso.

Terapia não é aconselhamento, não é bate papo, não é invasão, não é bronca e nem é mimo, não é futilidade e não é coisa de louco.

Terapia tem como grande objetivo dar possibilidade e ser um facilitador do crescimento psicológico individual, consequentemente é proporcionar o desenvolvimento emocional do analisando. Cabe aqui, dizer que o psicólogo não lê pensamentos e não pode fazer nada sozinho, ele é um intermediador entre o mundo do individuo e seu inconsciente.

Não será em poucos meses que problemas serão desvendados, pois, foram anos para a situação do individuo chegar ao estágio que se encontra quando procura ajuda.

O processo analítico é uma relação de confiança entre o analista e o analisando. Nesta relação é o analisando que trás o material (seu desejo) e o analista, através do processo investigativo, procura descobrir os enlaces da mente do paciente, que muitas das vezes vai além do desejo do paciente. Nesta situação, cabe ao analista intermediar o processo para o desenvolvimento de melhora de algo específico. Por isso, o lugar deve ser confortável, acolhedor, agradável, para que a pessoa sinta-se segura, à vontade e tranquila para falar sobre as coisas mais importantes da sua vida. O acolhimento está na forma de ser recebido.

A questão fundamental, por que fazer Psicoterapia?

Fazemos análise para, em um primeiro momento, descobrir o porquê estamos agindo de uma forma que não é o que esperava estar fazendo. Em outras palavras, não nos conhecemos o bastante para saber os motivos de nossos comportamentos. Enfim, analise é o processo no qual buscamos conhecer um pouco mais sobre os limites de nós mesmos e assim, termos novas visões sobre a mesma situação, Sendo então, um lugar facilitador para aprender a amar a si mesmo, lidar com as dificuldades e as emoções assumindo o controle e sentindo-se bem com sua vida.

Outra questão importante é, quando procurar ajuda?

Existe uma imensa gama de situações que pode ser o motivo da busca para o autoconhecimento. As mais comuns são: Quando ocorrem crises existenciais ou fases de vida difíceis, como luto, demissões, separações conjugais ou crise profissional. Resolução de conflitos pessoais, interpessoais, conjugais, familiares, profissionais. Em momentos de transformação, nas mudanças de fases de vida que são naturais a qualquer ser humano, como adolescência, envelhecimento, menopausa. Para tratamentos de transtornos de pânico, fobia, depressão, bulimia, anorexia, impotência sexual.

Quando desejamos ampliar o nosso autoconhecimento, não porque estamos com algum problema evidente, como esses comentados, mas como forma preventiva, para ter alguém que ajude a coordenar os pensamentos para se desenvolver, crescer e amadurecer como ser humano de forma saudável. Como diz Freud: “Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo, a pessoa procura ajuda para mudar.”

Rodney Sales

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